quarta-feira, 9 de setembro de 2009

SUBSIDIO PARA A SEMANA MISSIONÁRIA DAS SANTAS MISSÕES POPULARES.

SEMANA MISSIONÁRIA
DAS SANTAS MISSÕES POPULARES
Pequeno subsídio para os missionários paroquiais
que não têm o livro das “Santas Missões Populares”
Um resumo das páginas 64-67 e da 3ª parte do livro do Padre Mosconi: (p.153-207)
1) Sentido e valor da semana missionária
            A Semana Missionária (SM) é a segunda etapa das SMP,
é o tempo mais forte e mais intenso. É o tempo especial de saborear a beleza do seguimento de Jesus.
            Cremos e experimentamos profundamente que o Evangelho de Jesus é capaz de responder aos nossos anseios mais humanos. Por causa disso, a vivência do Evangelho traz
alegria e paz.
            O Evangelho de Jesus não é, em primeiro lugar, um conjunto de idéias e de doutrinas, e sim
uma forma de viver a nossa vida, inspirada nos sentimentos e opções de Jesus. Claro que essa maneira exigirá renúncias e sacrifícios, mas qual é a opção que não vai exigir isso? O importante não é a renúncia pela renúncia, e sim os motivos e os objetivos que me animam á passar pela renúncia. (exemplos: alpinista, o esportista, o estudante...)
            É bom insistir: durante a semana missionária,
vamos primeiro saborear a beleza do Evangelho de Jesus, e isso nos dará razões de sobra para assumir sacrifícios e renúncias.
            É por este motivo que, durante a Semana Missionária, não vamos logo pesquisar se alguém é casado ou não na Igreja, se vai ou não vai a missa no domingo...para em seguida exigir ou condenar.
Primeiro, queremos gostar e fazer gostar do seguimento de Jesus. Queremos fazer juntos a experiência gratificante do abraço de Deus, que é Pai e Mãe, para com o seu povo querido, e, muitas vezes, machucado, ferido e dividido.
LUCAS, 19, 2-10
            Observamos a pedagogia de Jesus com Zaqueu: Jesus não falou: “Zaqueu! Desça logo! Eu tenho uma conversa séria com você, ladrão!” Mas: “Desça depressa, Zaqueu, porque hoje,
eu preciso ficar em sua casa!” Parece que Jesus estava mesmo pedindo um favor a Zaqueu: almoçar, descançar na sua casa! E Lucas diz que Zaqueu desceu logo da árvore e recebeu Jesus com alegria! (Lucas, 19, 2-10). A Semana Missionária é “receber Jesus com alegria em nossa casa!”. O primeiro ano das SMP, o tempo de “acordar”, corresponde aos versículos 3 e 4 dessa bonita história de Zaqueu: “Ele desejava ver quem era Jesus... correu na frente e subiu na figueira, pois Jesus devia passar por lá ...”. Jesus olhou para cima, percebeu que Zaqueu estava “acordado”, pronto para “saborear” o encontro com ele! E Jesus afirma no final deste encontro: “Hoje, a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão”! É o objetivo da Semana Missionária: que a salvação entre em cada casa, em cada lar, em cada Comunidade, em cada paróquia, em toda a nossa Diocese! Que a nossa Diocese seja “A CASA DE ZAQUEU”!
            Mas, atenção! O nosso tempo de “saborear”, durante a semana missionária, vai depender muito do nosso tempo atual de “acordar”! Como Zaqueu, precisamos desejar conhecer Jesus, correr na frente, subir na figueira para ver, esperar a passagem de Jesus! Senão, podemos perder a ocasião de saborear a sua visita!
            A eficácia da SM depende também muito da
presença, do estilo de vida e da dedicação de vocês missionárias e dos missionários.                        A SM é uma fantástica vivência de fraternidade, de partilha e de perdão, de paz, de compromisso com a VIDA, ao lado dos excluídos e humilhados. A vida, na SM, é amada, é valorizada, é defendida, é vida à luz do Evangelho de Jesus.
           
A SM é uma belíssima experiência de vida eclesial. São dezenas de comunidades que partilham e celebram juntas. Nunca podemos esquecer que um dos objetivos das SMP é  “transformar cada vez mais nossa Diocese numa Igreja romeira e missionária, através de uma rede de comunidades que sejam eclesiais, ministeriais, proféticas, acolhedoras, em sintonia com a fé do povo romeiro.”
         A SM é um tempo especial de escuta e de conversão. É escuta dos apelos de Deus que nos fala e chama de várias maneiras: por meio da sua Palavra que está na Bíblia, mas também por meio dos acontecimentos, das pessoas encontradas, por meio de cantos, de gestos, de símbolos, de procissão, de celebrações: Para quem sabe ouvir e escutar, tudo se torna apelo de Deus.
           
Mas atenção! A SM deve também ser um tempo de “ter cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes” (Mc 8,15): Quer dizer: ter cuidado com as pessoas e as ideologias que manipulam, ter cuidado com o poder que domina e oprime, pois isso pode entrar em nós e estragar tudo.
            Nos, Missionários, corremos o perigo de exigir muito dos outros e pouco de nós mesmos, como os fariseus, da época de Jesus. Precisamos sempre vigiar para não cair na tentação de usar do poder que nos é dado para manipular, dominar, oprimir. Conversão é mudança de mentalidade, de estilo de vida, a começar por nós mesmos.
         Assim, A SM será “um começo de lá do céu, onde a festa não tem mais fim” como diz um canto bonito das SMP. Realmente, quando as pessoas se deixam envolver pelo espírito e iniciativas da SM, o lugar onde ela acontece torna-se um pedaço do céu, um tira-gosto da nova sociedade que sonhamos.
            As partilhas, os mutirões, os gestos de solidariedade efetiva e afetiva, as visitas, as conversas sinceras, os momentos de oração pessoal, as caminhadas, as vivências do perdão e da misericórdia, o clima de paz, de humildade, de escuta, de compromisso, as celebrações tocantes, as conversões verdadeiras, a presença querida dos missionários de fora e “de dentro” fazem a beleza inesquecível da Semana Missionária.
            As vezes, faltam-nos simplicidade, busca sincera, vontade de querer caminhar. Mas, cremos que a Semana Missionária bem vivida torna-se realmente um tempo de graça e de conversão.
Haja humildade e escuta dos apelos de Deus!
2) Sonho possível ou pura fantasia?
            As vezes ouvimos falar que as SMP são fogo de palha, pura ilusão. Pela experiência, Luis Mosconi prefere afirmar
: ilusão, não, sonho, sim! E é sonho com os pés no chão!
           
É sonho-denúncia contra nossas incoerências pessoais e contra tudo o que fere a dignidade da vida e das pessoas.         É sonho-anúncio de uma vida nova e de relações sociais mais humanas, mais justas, mais fraternas.         É sonho-utopia, quer dizer: algo que ainda não existe, mas que é possível, viável, necessário e urgente. É utopia que pode se transformar em projetos concretos, capazes de gerar e orientar a nova prática.
            A sociedade em que vivemos está destruindo utopias autênticas. Está matando sonhos e alternativas. Nossas incoerências, medos e covardias favorecem essa desgraça.
            De fato o
neoliberalismo,  esse modelo político-econômico que está sendo imposto no mundo inteiro como única solução possível para resolver os males do mundo, após o fracasso dos países socialistas e comunistas é uma grande mentira. A realidade diz outra coisa.
            O neoliberalismo reduz tudo à
lei do mercado. Tudo vira mercadoria, inclusive as pessoas. Tudo é coisificado. As relações são desumanizadas. As pessoas valem pelo que produzem e não pelo que são. Assim, deficientes físicos, doentes, idosos são um peso para a sociedade. Repete-se, mais ou menos, o que acontecia na Antiga Grécia – que tinha a falta pretensão de ser uma civilização avançada: crianças que nasciam deficientes eram jogadas e espatifadas num vale entre montanhas.
            Os templos do Neoliberalismo são os
shoppings, onde quem tem dinheiro compra de tudo e do melhor, enquanto logo aí a miséria e a pobreza crescem a um ritmo impressionante. Estamos em plena idolatria do mercado. Vale quem produz e quem vende melhor, fazem piratarias de tudo. Tudo é reduzido a objeto de compra e venda. A miséria é globalizada: está presente no mundo inteiro. Neste caos generalizado os vícios multiplicam-se, a corrupção e o enriquecimento ilícito não conhecem mais limites.
            Todos, respiramos esse ar contaminado, até nas pequenas vilas do interior.De fato, como são as relações entre pessoas e grupos no lugar onde moramos? O que as pessoas mais querem? O que a juventude mais deseja? Quais são os interesses que estão orientando as pessoas? Como é o uso do poder?            Um mundo e uma sociedade sem utopias verdadeiras produzem violência, corrupção, injustiça, morte. O Evangelho de Jesus é uma utopia, mas uma utopia fantástica, viável, necessária, a serviço da vida e da paz.
            A Semana Missionária
não oferece soluções mágicas para todos os problemas e desafios. Isso, sim, seria perigosa ilusão, totalmente fora do lugar. Não é isso que a SM se propõe: ela oferece um tira-gosto de um novo tipo de sociedade, aponta caminhos, faz nascer esperança. Serve de exemplo, de estímulo, de sinal, de referência para o que vai vir depois. Assim, a SM torna-se um memorial fecundo e criativo, um símbolo daquilo que deve ser o cotidiano de nossa vida.
         Importante é entender a relação entre SMP e os compromissos sóciopolíticos. São coisas que não se podem identificar, mas também não se podem separar.
            De fato, o missionário não anda desligado das dores e dos anseios das multidões sacrificadas. O missionário vai à luta guiado e
iluminado pelos mesmos sentimentos de Jesus.  Ao mesmo tempo, ele não vai fazer das SMP um lugar de comício político-partidário (Cuidado, mais uma vez com o ano 2008, ano das eleições municipais!) e sim um lugar onde o Evangelho de Jesus seja proclamado e onde, em nome desse Evangelho, todos os cristãos sejam convidados a lutar pela defesa da vida.
 Um resumo da 4ª parte do livro do Padre Mosconi (p.209-251)
1. O “clima” da Semana Missionária.
           
Espera serena, de silêncio, de recolhimento, de abertura aos apelos de Deus apesar de muito trabalho, barulho....
           
É preciso ter convicção de que a SM é um tempo especial da graça de Deus. É Deus que vai agir, nos somos apenas servos facilitadores!
            É clima de festa,  sem cair na dispersão e na superficialidade!
            É preciso saber ligar festa e meditação, alegria popular e conversão pessoal.
            Cada missionária/o cuide de colocar esse clima em sua vida pessoal , estudar o livro das SMP, oração, sacramento do perdão... Vamos ser os animadores mas o verdadeiro orientador será Jesus por meio da mediação dos Evangelhos.
2. Últimos preparativos.
1) Começar a preparar a SM nos setores
a partir do terceiro retiro paroquial. Estudar a 4ª parte do livro, ou pelo menos este resumo. É bom não fechar o programa: esperar a chegada dos missionários de fora para novas e possíveis sugestões.
2)
Formar equipes conforme as necessidades, com a coordenação de uma equipe central. Cuidado de não sobrecarregar as pessoas. Cada missionário deve ser envolvido numa equipe mas é bom também envolver outras pessoas.
3) Prever o
material necessário na base de mutirão, de partilha, gastando só o mínimo necessário:isso favorece o clima da SM.
4) Os missionários mas também outros:
meditar ao longo dos 2 meses os textos bíblicos de cada dia da SM.
5) prever uma
vigília de oração e uma celebração do perdão em cada setor, ou comunidade, envolvendo o máximo de pessoas. Rezar todos os dias a oração das SMP.
6) Fazer uma
boa limpeza da Capela e arredores. Onde não há capela, prever um local simples, bem espaçoso, bem arrumado. Santíssimo Sacramento nas capelas, abertas durante toda a semana, com pessoas acolhendo e que desejam orar e meditar.
7)
Colocar faixas com dizeres ligados a SM, na frente da Capela, nas ruas ...
8) Intensificar as
visitas, comunicando a programação da SM, um mês antes. Informar as outras Igrejas, as escolas.
9) Pedir aos donos dos bares para
não promover festas durante a SM. Criar um clima de expectativa, de fé, de esperança, de silêncio, de escuta, de colaboração.
10) Cada setor faça o possível para garantir uma
presença maciça de pessoas na Missa de encerramento da SM. Providenciar meios de transporte, se necessário.
11)
envolver crianças e adolescentes nas atividades da SM.
12) Promover em tempo de
arrecadação de dinheiro (bingos, sorteios, doações) e alimentos para atender aos gastos  da SM.
13) realizar
um mutirão durante a SM: escolher com antecedência: exemplo: conserto da capela, de casas pobres, trabalho na roça, limpeza da rua...
14)
Escolher as famílias pelas comunidades para receber o S°.Sacramento em suas casas (na terça feira à noite até 4ª à noite) providenciando uma caixinha forrada com pano branco ou um ostensório artesanal (em madeira ou isopor). Evitar rádio, TV. Acolhida para oração em silêncio.
15) Cada setor envie uma delegação à paróquia para
receber os missionários de fora, após a Missa de abertura da SM. O setor fica reunido num local escolhido ...almoço/jantar comunitário ou merenda.
16) cada noite, após a celebração:
chá natural a todos.
17) 2 ou 3 pessoas por setor:
anotar no livro da memória tudo que acontece ao longo da SM.
A vinda dos missionários de fora:
a) Cada setor comunica à coordenação paroquial
(4 meses antes) quantos missionários de fora vão querer. A coordenação paroquial fará todos os pedidos às paróquias vizinhas 3 meses antes da Semana Missionária.
b) As Comunidades / Paróquias selecionem e preparem
seus missionários que serão enviados. (estudo da programação da SM)
c) Bonita celebração de envio no domingo anterior à viagem, entrega da carta de apresentação, oferta para despesas da viagem de ida.
d) A paróquia que vai fazer a SM
não deve aceitar missionários sem preparação e sem ter sido enviados pela sua comunidade de origem.
e) O missionário de fora: participar da
SM inteira, se possível.
f) Chegar na quinta feira a noite, antes da SM. Ou pelo menos na sexta feira à noite
g) Os missionários de fora são muito esperados: dar o melhor de si.
h) Hospedagem: responsabilidade do setor.
i) Voltando para a sua comunidade, o missionário de fora deve contar as boas notícias da SM que participou.
3. sentido da programação
A programação está a serviço dos objetivos que devem sempre ser lembrados.
Nas avaliações, Padre Mosconi constata que as falhas acontecem por falta de verdadeira preparação e de espiritualidade profunda. Somos, com freqüência, superficiais e apressados.
4. Sugestões para todos os dias da SM
a) Caminhada de fé, de manhã cedo
b) celebração à noite, eventualmente Eucaristia
c) esquema da celebração: participativa, mística, criativa. Local: Igreja, Capela, salão casa...) bem preparado; dar os aviso para o dia seguinte. Chá
d) Onde for possível, um dia de mutirão durante a semana missionária.
e) encontro com os vizinhos para meditar o Evangelho
f) pequenos momentos de oração pessoal na Igreja, na Capela, na casa.
g) Motivar as famílias a crescerem na união e na prática da misericórdia
h) visitas aos colégios explicando os objetivos da SMP. Caminhada da juventude, show.
i) cada dia, encontro dos missionários do setor para avaliar e planejar
j) cada dia, uma equipe para preparar bem as celebrações, sobretudo da noite.  Algo para crianças, jovens, idosos, doentes.... Uma pessoa preparada para as crianças durante toda a SM
Este texto foi elaborado pela Equipe Missionária Arquidiocesana em consonância com o livro das SMP, do Pe. Mosconi.

Um comentário:

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