sábado, 19 de setembro de 2009

Principal Objetivo das visitas

ARQUIDIOCESE DE MACEIÓ – AL  

Visitas às famílias nas Santas Missões Populares

1) Objetivo das visitas:
-       perscrutar os sinais do Espírito presentes na realidade a ser visitada;
-       criar condições para que as pessoas se manifestem, revelando suas vidas e, assim, promover os valores que estão nas pessoas;
-       valorizar a cultura dos diferentes grupos detectados nas visitas;
-       viver, na doação de si mesmo e na gratuidade evangélica, o autêntico espírito missionário; 
-       conhecer a realidade das famílias e instituições;
-       ouvir as necessidades e esperanças das pessoas;
-       levar o Evangelho, com destaque ao serviço e à prática da misericórdia;
-       colocar a serviço das pessoas o que a comunidade tem para oferecer;
-       criar laços de amizade, canal de futuros engajamentos evangelizadores;
-       criar clima de união entre os moradores de uma rua, prédio, quadra, vila;
-       lançar as sementes de futuros grupos de reflexão, círculos bíblicos;
-       descobrir novas lideranças, despertar vocações.

2) Postura dos visitadores:
-       na medida do possível, entrar em todas as casas onde houver acolhimento;
-       observar bem o ambiente para saber como agir;
-       em caso de situações mais difíceis (doença, fome, conflitos ...), fazer o que estiver ao alcance e tentar envolver também os vizinhos, criando assim uma corrente de solidariedade;
-       se encontrar casas fechadas, voltar depois ou deixar o recado com os vizinhos;
-       entrar nos bares, lojas, escritórios, bancos... se houver condições, dando uma mensagem ou, pelo menos, abrir o convite para os encontros, orações, celebrações;
-       entrar nas casas de pessoas de outras igrejas ou grupos religiosos, se houver condições favoráveis e acolhimento, procurando sempre evitar conflitos desnecessários;
-       nunca perder de vista que os missionários são mensageiros da paz, da justiça e testemunhas do amor de Jesus;
-       criar atitudes de diálogo, de entrosamento, de solidariedade;
-       onde for possível, ler um trecho da Bíblia, entoar um canto, fazer uma oração, dar uma bênção...
-       se a comunidade julgar conveniente, os visitadores poderão ter alguma identificação: camiseta, cruz, terço, Bíblia. Não se esquecer, porém, que o que mais identifica um visitador cristão é a sua atitude.

3) Quem deve fazer as visitas missionárias?
-       todas as pessoas (velhos, adultos, jovens e crianças) motivadas e preparadas para este ministério das visitas missionárias, mesmo que já atuem em outras pastorais ou movimentos e queiram ampliar sua ação;
-       os agentes de pastoral, inclusive os padres, religiosos e religiosas que se preparam para esse ministério.

4) Algumas qualidades essenciais dos visitadores, que poderão ser trabalhadas durante os encontros de preparação
-       conhecer os trabalhos e os recursos da diocese, paróquia e comunidade que poderão ser apresentados aos visitados;
-       conhecer os fundamentos bíblicos das visitas;
-       ser discreto e ter capacidade para manter a mais completa discrição sobre o que ficar sabendo nas visitas;
-       ter o mínimo de perspicácia para perceber quando está ajudando e quando está se tornando inoportuno;
-       saber respeitar as diferenças;
-       saber escutar com paciência as críticas e esclarecer os possíveis mal-entendidos;
-       ouvir mais que falar;
-       ser simples e claro;
-       adaptar-se aos horários das pessoas.

5) O quê e a quem devemos visitar?
-       a todas as famílias e instituições como escolas, fábricas, sociedades de amigos do bairro, igrejas de outras confissões, hospitais, centros comerciais, mercados...
-       de modo preferencial, a todos os que passam por momentos difíceis como os doentes, os desempregados, os enlutados, os que vivem solitários, os portadores de HIV, as pessoas que estão na prostituição, os marginalizados, os presos, os sofredores de rua...
-       as famílias que estão vivendo momentos importantes como espera e o nascimento de um bebê ou celebram bodas, noivados, casa nova...

6) Lembrança da visita.
 A comunidade poderá preparar um folder, cartão, cartazete, um sinal sensível, contendo:
-       o endereço da comunidade e os horários de celebrações e outras funções comunitárias;
-       uma relação de programas católicos nas rádios e TVs;
-       uma relação de revistas e jornais católicos;
-       oração pelas famílias;
-       se a família manifestar-se favorável, os visitadores poderão benzer a casa e as pessoas, deixando uma lembrança.

7) Pós-visita
Os visitadores poderão preeencher uma ficha resumo (nunca durante a visita) com atenção aos seguintes pontos:
-       nome e endereço das pessoas que se dispõem a novos contatos e colaborar diretamente;
-       necessidades manifestas pelas pessoas visitadas;
-       expectativas das pessoas visitadas em relação ao bairro, à comunidade e à religião;
-       partilhar em grupo ou comunidade as experiências das visitas, sem nunca entrar em detalhes sobre a vida dos visitados, dando atenção aos seguintes pontos:  
-       dados positivos percebidos;
-       o que deu certo e o que não foi tão bom;
-       o que se pode fazer para melhorar.

(cf. Pe. Luís Mosconi, “Santas Missões Populares” e Região Episcopal Lapa, da Arquidiocese de São Paulo, “Visitas Missionárias”).

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